Marcelo Oliveira deixa São José do Rio Preto ciente de que o Palmeiras, realmente, está devendo. Após o segundo empate consecutivo no Campeonato Paulista, o treinador avalia que faltou técnica e organização ao time no 0 a 0 diante do Oeste, nessa quarta-feira.
“Pecamos muito na parte técnica, na jogada final, na hora de finalizar. O time acabou se desorganizando e levando contra-ataques. O espírito de luta foi bom, fomos aguerridos, mas erramos na parte técnica e nos desorganizamos. Não era para ser esse resultado nem para tomar sufoco no fim do jogo, como aconteceu”, analisou o comandante, já sem as desculpas de que equipes do interior começaram a treinar antes.
“Por mais que se possa pensar que a maioria dos times grande terá dificuldade de pegar um ritmo melhor pela pré-temporada mais curta em relação aos adversários, poderíamos ter feito mais e melhor. Apesar de ser uma fase de ajuste, já poderíamos estar mais adiantados”, indicou Marcelo Oliveira, que já estreia na Libertadores na terça-feira, visitando o River Plate uruguaio.
Nessa quarta-feira, o técnico admitiu que suas substituições não foram tão efetivas. No intervalo, Marcelo Oliveira trocou Robinho por Rafael Marques, deixou Jean e Arouca se revezando na marcação de Marcelinho Paraíba e do volante do Oeste que viesse de trás e ainda colocou Erik no lugar de Gabriel Jesus. Mas nada foi suficiente para o Palmeiras somar três pontos.
“Existe uma ansiedade exagerada de fazer o gol. O time perde posicionamento e tem pouca paciência para rodar a bola com rapidez. Tirei o Robinho por ele ter levado cartão amarelo e trocamos peças para dar um pouco mais de velocidade, principalmente com o Erik. Mas o que precisamos é ter uma produção mais constante”, falou o técnico, vendo erro ofensivo após passar 2015 com sua defesa criticada.
“Ocorreu a alternância que tem acontecido comumente, de dar espaço ao adversário. Fomos firmes na marcação, gostamos da saída de bola com os dois volantes e os dois zagueiros foram bem. Mas, do meio para frente, pecamos muito na organização e na jogada final”, insistiu Marcelo Oliveira.